terça-feira, 21 de junho de 2011

Natasha Bendingfield. [The scientist]





















Criei coragem, fiz escolhas e me joguei no desconhecido...

Me olhei no espelho pela primeira vez em muito tempo (talvez desde tempos remotos, onde eu ainda não era eu, e talvez nem fosse coisa alguma) e me aceitei como sou... livre perto do comum, e no mesmo instante tão preso por dentro, diante daquilo que vou encontrando em mim mesmo.

Que bons ventos nos protejam... A mim e a todos que carregam um furacão dentro de si mesmo.


By: Izabel Garcia.

domingo, 24 de abril de 2011

Como Alguém Que Acordou Muito Tarde

















Como alguém que acordou muito tarde,
e sente falta do passado,
do dia desconhecido
que esteve sobre os seus olhos fechados
repleto de movimento e dança,
Todos os dias choramos,
Secretamente, sem lágrimas nem consciência,
Alguma coisa que se passou fora de nós,
E suspiramos com um suspiro vazio,
e entristecemos, de repente.

Cecilia Meireles.

terça-feira, 22 de março de 2011

Noturno Oprimido






















A água cai na caixa com uma força,
com uma dor! A casa não dorme, estupefata.
Os móveis continuam prisioneiros
de sua matéria pobre, mas a água parte-se

a água protesta. Ela molha toda noite
com sua queixa feroz, seu alarido.
E sobre nossos corpos se avoluma
o lago negro de não sei que infusão.

Mas não é o medo da morte do afogado,
o horror da água batendo nos espelhos,
indo até cofres, os livros, as gargantas.
É o sentimento de uma coisa selvagem,

Sinistra, irreparável, lamentosa.
Oh vamos nos precipitar no rio espesso
que derrubou a última parede
entre os sapatos, as cruzes e os peixes cegos do tempo.

Carlos Drummond, p. |127|.

segunda-feira, 14 de março de 2011
















[...]Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência".

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ciclos




















“Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."
 Caio F.

Caminhos





















[...]
Todos os caminhos - nenhum caminho
Muitos caminhos - nenhum caminho
Nenhum caminho - a maldição dos poetas.[...]


Manoel de Barros